Nome: Dedê Ranieri
Lugar: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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  • quarta-feira, novembro 18, 2009

    Sobre Anaïs Nin

    Acabei de ler Anaïs Nin, Uma espiã na casa do amor. Me lembrou aqueles livros da série Júlia, Sabrina, Bianca, que vendia em bancas de jornal. Minhas irmãs liam meio que às escondidas. Eu lia, um ou outro, totalmente às escondidas, quando acabavam os gibis. A personagem de Anaïs Nin se chamava Sabina. Pode ser que alguém se ofenda, mas achei uma porcaria! Os romances baratos da banca de jornal eram bem mais envolventes. Como já dizia o velho Bukowski, cada nova linha é um começo e não tem nada a ver com as linhas que a precederam. Alguns escritores tendem a escrever o que agradou seus leitores no passado. Daí estão fodidos. Não sei se esse é o caso de Anaïs Nin, já que nunca tinha lido um romance dela por inteiro. Mas o caso é que Uma espiã... foi um parto. Gostei mais de saber alguns detalhes da vida da escritora do que exatamente do livro. Alguma coisa sobre um romance com Henry Miller, que escreveu Trópico de Câncer e se consagrou. Eu nunca compraria um livro com esse título. Trópico de Câncer. Parece livro didático de geografia. Li em algum lugar que ela prefaciou o livro. E pensar que encontrei uma edição no sebo outro dia, e acabei fazendo uni-duni-tê com Lolita (Lolita saiu ganhando). Queria ler o prefácio. Eu gosto de saber desse tipo de romance. Vai ver peguei essa bronca toda porque na última frase do livro ela me fez recorrer ao dicionário. Pule o que vem a seguir, caso pretenda ler o romance. O livro termina com a seguinte frase: Existe um remédio na homeopatia, chamado pulsatila, para as pessoas que choram com a música. Pulsatila!... Não serei eu a explicar o que é pulsatila.



    Sobre Cortázar

    No dia em que adotei uni-duni-tê como método de escolha entre um livro e outro, uma certeza eu tinha. Ia levar Cortázar pra casa. O jogo da amarelinha. Cheguei até àquela banca-sebo seguindo pistas de um amigo. Lá tem uma edição d'O jogo da amarelinha, disse ele. Eu queria muito esse livro, sem saber exatamente o por quê. Assim como precisava muito ter comigo uma cópia de Blow-up - Depois daquele beijo (na época em que nem sabia que o Antonioni tinha se inspirado num conto do escritor argentino, Las babas del diablo). Quase sempre coloco o filme um pouco antes de dormir. Antes que algum maldoso comente, Blow-up não é um tipo Rivotril do mundo do cinema. Ele é uma obra de arte silenciosa e colorida. Se tivesse cinco minutos a mais de som, ficaria over. O negócio é que encontrei uma edição do Cortázar, de 68. Sessenta e oito, o famoso ano que não terminou. Época de ditadura no Brasil e Guerra do Vietnã. Assassinato de Robert Kennedy e Martin Luther King. Manifestos do movimento estudantil da Sorbonne à Maria Antônia. Um ano que vibrava revolução. No mundo. Eu encontrei uma edição do Jogo da amarelinha, de 68. Uma edição lançada no período revolucionário que só conheci através de outros livros. Um livro que tinha visto muito mais coisas do que eu, filho legítimo de Julio Cortázar. Como esse livro foi parar no sebo? Na contracapa uma assinatura legível em caneta (Bic?) azul: Fátima. Convenhamos, alguém que tem o capricho de assinar o próprio nome num livro, não tem a intenção de se desfazer dele. Será que foi problema de dinheiro? Imagino uma tia distante sussurrando em algum velório: "Pobre Fátima, acabou com tudo, vendeu até os livros da biblioteca do avô...". Teria sido uma mudança inesperada pra uma quitinete, por causa de um amor bandido? Pior. Fátima pode ter emprestado o livro pra alguém que esqueceu de devolver. Alguém que numa dessas limpezas que a gente faz pela vida, decidiu seu destino: Sebo tal da Marechal número tal. Alguém que nem se lembrava que era um livro emprestado de Fátima.



    Sobre paradigmas

    Hoje descobri que não gosto de tomar água de côco com canudinho. Muito melhor no copo. Eu que sempre tomei água de côco de canudinho. Foi aquele copo gigante do hard rock cafe, viciante. Sou capaz de tomar litros e litros de água de côco naquele copo. Hard Rock Cafe New York. A maior quebra de paradigma dos últimos tempos. Pelo visto não tenho quebrado muitos paradigmas nos últimos tempos.

    posted by Dedê Ranieri @ 2:20 AM |


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