Nome: Dedê Ranieri
Lugar: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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  • terça-feira, abril 27, 2010

    "À meia-noite já voavam alto por uma praia de pedras na Irlanda. Ela descobriu nesse dia que tinha praia na Irlanda. Seguia em silêncio, olhos fechados. Pensava em Iemanjá e no efeito de pular as ondas uma outra hora. Ouviu alguém cantar bem longe uma velha canção francesa que a avó de vez em quando arriscava. Era noite de réveillon."
    ...

    posted by Dedê Ranieri @ 2:32 AM |


    quinta-feira, abril 22, 2010


    Antes eu tentava explicar, mas não conseguia. Então eu dizia simplesmente que gostava de umas historinhas sem pé nem cabeça. Filme, livro, o que viesse. Alguns acusavam, era tipo. Não é possível alguém gostar desse negócio. Meus amigos sempre foram compreensivos, porém cautelosos: se a Dedê sugeriu, melhor checar antes, ela gosta de umas coisas esquisitas... Só essa semana eu descobri o nome daquilo que exerce tamanho fascínio sobre minha pessoa: o universo onírico. No dicionário "onírico" consta como adjetivo relacionado a sonhos. Esse universo refletido em qualquer forma de arte, dá aquela sensação que mistura sonho e realidade. Não se sabe o que é delírio, alucinação, o que é real. Quando a gente é criança esse é o nosso mundo. Melhor dos mundos. Daí a gente vai crescendo e sapato é só sapato mesmo, travesseiro é aquilo em que a gente apoia a cabeça pra dormir (ou ter insônia), e ai! daquele que ousar inventar ou subverter a palavra. Se não tiver licença poética ou for um Rubem Braga consagrado, é taxado de bobo. Meu vício começou com uma série do David Lynch, que passou (e não terminou) na Globo quando eu tinha uns treze anos: Twin Peaks. A trama girava em torno do assassinato de uma garota tipo team leader, na pacata e fictícia Twin Peaks. Poderia ser a trama de qualquer filme ordinário, mas aquele era original porque... tinham as cortinas de veludo vermelho, o anão que dançava de um jeito bizarro, uma trilha sonora meio new age, tudo tão pertubador e fora do lugar. Pra quem odeia narrativas sem linearidade ou lógica, esse universo de sonhos é um pesadelo. Pra quem se sente atraído e não deixou fechar todos os chacras, recomendo uma peça de teatro com toques de excelência e requinte lynchianos:

    cine Belvedere
    no Casarão do Belvedere:
    Rua Pedroso, 267, Bela Vista,
    São Paulo - (11) 3266-5272
    Sábado às 21 e Domingo às 19h
    R$ 30
    Em cartaz até 27 de junho
    Capacidade: 18 pessoas

    posted by Dedê Ranieri @ 6:06 AM |


    domingo, abril 18, 2010

    Quando a Gabriella morava numa casa amarela
    eu até escrevi um poema pra ela.
    Mas depois que pintaram a casa de azul,
    eu fiquei meio sem assunto.

    posted by Dedê Ranieri @ 11:40 PM |


    quarta-feira, abril 14, 2010

    Dark was the night, cold was the ground

    Eu tentava andar depressa mas meus pés afundavam na neve. O vento soprava outra coisa que não era vento. Eram as palavras dela.
    - Não volte ao velho pub. Esqueça o Creedence. E quando estiver perambulando sem sono, peça uma Stella Artois, sem álcool.
    Quando as velhinhas sem assunto no elevador repetiam que São Paulo era assim, as quatro estações do ano num único dia, achei que era modo de dizer. Não era. Lembrei dos tempos de moleque, de quando achava zaratustra um xingamento. Segui repetindo a palavra pra enganar o frio, uma merda o pé todo molhado - zaratustra zaratustra zaratustra zaratustra. De alguma portinhola ou janela escapava um som meio Blind Willie Johnson. Uma bebida quente com rum, uma balada gospel. Mas o pé todo molhado. Faltava pouco pra alcançar a estação Liberdade.
    ...

    posted by Dedê Ranieri @ 12:43 AM |


    segunda-feira, abril 12, 2010

    Desconfianças em série

    Você começa a desconfiar que sua amiga loira contribui para o repertório de anedotas sobre loira quando outra amiga, que está retirando as travessas da mesa de jantar, pergunta: aonde tem filme? e a primeira responde que faz muuuuito tempo que não usa filme, só câmera digital.

    A mesma amiga entra atrasada na sala de aula e o professor tripudia: Ana Paula (xi, contei) escolhe um número de 1 a 9. E ela entre constrangida e pega de surpresa responde rápido: DEZ!

    ...

    Você começa a desconfiar que namora um nerd quando rabisca um inocente bilhetinho eu gosto de você e ele escreve de volta:

    Eu: Sujeito (aliás, uma sujeita muito safada)
    Gosto: Verbo transitivo indireto (ou seja, uma garota cheia de indiretas, geralmente malintencionadas)
    Você: Na verdade eu, o objeto
    Resumindo: uma sujeita safada, cheia de indiretas, vendo a mim como um objeto.

    posted by Dedê Ranieri @ 12:31 AM |


    quinta-feira, abril 01, 2010

    ... Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. ...

    Caio Fernando Abreu

    posted by Dedê Ranieri @ 12:25 AM |