Nome: Dedê Ranieri
Lugar: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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    ...
    Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare
    Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
    (Manuel Bandeira)

    posted by Dedê Ranieri @ 9:32 PM |


    sexta-feira, março 23, 2007

    Até tu, Helosinha!

    Claro que não é o forte dos meus amigos deixar passar em branco qualquer situação, por mais trágica que seja, pra me sacanear.

    Mas por essa eu não esperava.

    Até a minha amadinha Helô, meiga que só ela, mandou e-mail com link da notícia sobre a mulher que morreu ontem em Goiânia, depois de fazer uma escova progressiva.

    Até a amadinha se valendo do humor-negro pra atingir esta persona que vos escreve. E ainda há quem duvide que vivemos dias pré-apocalípticos.

    Notem que existe um certo exagero em relação à minha pessoa e respectivos cuidados capilares, pelo simples fato de eu não dispensar um escovão ou uma chapinha: na praia, no campo, ou na cidade. Nada demais, ué! Que mulher não vai ao salão de cabelereiro três vezes por semana alisar a juba? Seja na praia, no campo, ou na cidade.

    Nem por isso devo ser alçada à categoria das Neuróticas por Chapinha Anônimas - NCA, como andam dizendo por aí (ou devo?). Eu merecia sim, entrar pro Clube das Incompreendidas por se Preocuparem com os Cabelos - CIPC. Mas parece que o mundo anda contra mim!

    Outro dia saí pra jantar, noite linda e tal, companhia mais linda ainda, restaurante à altura, cozinha asiática - pratos exóticos e afrodisíacos -, vinho tinto, velas, decoração no melhor estilo "Lagoa Azul", tudo parecia perfeito: eu, meu partner e meu cabelo lisérrrrrrimo-recém-saído-do-salão.

    Tudo perfeito, até que senti o inimigo se aproximar. Digo, jorrar. Sim, senhores! Sem me dar qualquer chance de defesa, ele atacava por todos os lados, aqueles jatinhos horrorosos de água pra refrescar o ambiente, coisa que, diga-se de passagem, só pode ter sido inventada por algum HOMEM, e careca, e ainda por cima totalmente alienado à discussão do momento: aquecimento global! Aonde já se viu desperdiçar H20 daquele jeito?

    Naturalmente chamei o garçom, e lancei algumas perguntas a respeito daquele singelo vapor d'àgua que se espalhava por todo salão, e ele me respondeu, visivelmente satisfeito por eu ter notado o "diferencial" da casa, que os jatinhos eram programados pra funcionar entre breves intervalos, com duração de 45 segundos (!!!) cada, pra sempre enquanto houvesse calor (!!!).

    Quase sem conseguir disfarçar meu desespero, fui obrigada a abrir o jogo com o garçom, sobre tipos de cabelos e suas possíveis variações quando expostos a jatos d'água etc, e pra minha sorte a esposa do compreensivo funcionário também era adepta da chapa, e ele atendeu meu pedido prontamente, desligando aquela coisa horripilante.

    Claro que eu defendo o "bem-estar comum" mas só até a página 5, e desde que não conflite com o bem-estar dos meus cabelos.

    Deus me livre de fazer um moço passar por esse terrível constrangimento. Sair pra jantar com uma Barbie, e voltar com uma Globetrotter.

    posted by Dedê Ranieri @ 1:34 AM |


    quarta-feira, março 21, 2007

    (Quase) Tudo sobre minha irmã

    Pra quem não sabe, além de dançarina, poeta, tocadora de violão, roteirista de filmes proibidos para menores, sushiwoman, enxadrista, agente literária, psicanalista, pianista, banqueira e poliglota, sempre nutri um desejo secreto de ser cantora.

    Daí que terça-feira passada comecei uma oficina de canto intitulada “Canto - A Voz da Canção Brasileira”, oferecida pela Secretaria de Cultura de Bernô City (que aliás, está oferecendo um curso melhor do que o outro este ano!).

    As aulas começaram e coisa e tal, dinâmica pra cá dinâmica pra lá, dupla pra massagear as cordas vocais em sistema de revezamento, massagem na cabeça do outro, orelha do outro, pé do outro, e daí que uma hora ou outra isso ia acabar acontecendo ... os professores fatalmente iam mexer na memória musical da gente.

    Mandaram escolher uma música que tivesse marcado a infância ou uma época (que poderia ser até recente) pra levar na próxima aula, mas não uma música qualquer, e sim aquela que tocasse “na alma”.

    Claro que na hora lembrei dos meus ídolos dos anos 80, Menudo, Trem da Alegria, Balão Mágico, Ultraje a Rigor, RPM e tais, mas no meio dessa turma toda insistia em aparecer a figura espaçosa do Tim Maia.

    Ele não era meu contemporâneo, pelo menos não como a turma do Balão Mágico ou o Polegar, então tentei lembrar como foi que o gordão invadiu a minha alma sem que eu percebesse, e me lembrei que foi culpa dela, minha irmã mais velha.

    Ela tinha um namorado, por quem era louca de viver, o que, aliás, eu não entendia muito bem, já que naquela idade meu único critério de avaliação era a beleza, e pra mim ele tinha uma beiçola bizarra que ocultava todo o resto dele, mas enfim, minha irmã era louca pelo cara e tal, namoraram vários anos, até que numa determinada época terminaram, e ela ficou na maior deprê.

    Apagava a luz da sala e colocava um disco (!) do Tim Maia, que àquelas alturas já devia estar quase furado na faixa "Paixão antiga sempre mexe com a gente, é tão difícil esquecer ...". Eu, que na época tinha uns sete anos, ficava espionando e achava lindo a minha irmã sofrendo no escuro, deitada no sofá, com aquela voz de trovão ao fundo, e pensava que quando crescesse queria ter um namorado - mais bonito que o dela, é claro - e ficar ouvindo música no escuro, com aquela expressão tão ... lindamente adulta!

    Quando desconfiava que ela estava chorando, eu fingia que tinha acabado de chegar e acendia a luz de repente, e ela dava uns berros escondendo o rosto "apaga essa luz, tô com dor de cabeça ...", e eu apagava, claro, já satisfeita e com a certeza de que eram lágrimas de verdade, fresquinhas.

    Sala escura, Tim Maia e lágrimas, esse era o clímax. Às vezes eu esperava todo mundo sair pra apagar a luz da sala, colocar o disco, e deitar no sofá igual a ela - não sei exatamente porquê, mas às vezes colocava uns óculos escuros espelhados que eu amava (na época era moda, ok?), acho que já era uma precursora das raves, sei lá.

    Claro que tudo que a gente faz nessa vida tem sua volta, e até aqueles desejos mais bobinhos de criança caem na boca do Universo, e um belo dia ... conheci um maldito com o mesmo nome do beiçola (!), que aprontou tanto ou mais que o beiçola, e me deixou tão ou mais triste que nem o beiçola fez com a minha irmã.

    Claro que não achei a menor graça em ficar triste, e por precaução instalei sensores na sala de casa, daqueles que acendem a luz quando você passa, e quebrei todos os discos do Tim Maia.

    ...

    Pelo jeito esse curso vai fazer com que eu economize uma grana no analista. Agora além de falar eu vou cantar ... Vão ter que me aturar!

    Essas coisas de tocar na alma dá nisso.

    posted by Dedê Ranieri @ 12:56 AM |


    sexta-feira, março 09, 2007

    Crônica para todos os dias da mulher (dele, sempre dele! amado e idolatrado Xico ...)

    Uma das maiores virtudes de uma fêmea é arte de pedir.
    Como elas pedem gostoso.
    Como elas são boas nisso.
    Resistir, quem há de?
    Um simples “posso pegar essa cadeira, moço?” vira um épico. É o jeito de pedir, o ritmo da interrogação, a certeza de um “sim” estampado na covinha do sorriso.
    Pede que eu dou.
    Pede todas as jóias da Tiffany´s, minha bonequinha de luxo!
    Estou pedindo: pede!
    Eu imploro, eu lhe peço todos os seus pedidos mais difíceis.
    Pede a bolsa mais recente da Louis Vuiton, pede o shopping inteiro, pede o Iguatemi, pede a Daslu, melhor ainda, pede a Daspu e veste só para o teu homem.
    Pede que compro nem que seja no camelô, na 25 de Março, nas galerias dos coreanos, compro da Orenilda, minha prima sacoleira de São Miguel Paulista.
    O que importa é o requinte e o atendimento da demanda.
    Não me pede nada simples, faz favor, please.
    Já que vai pedir, que peça alto. Você merece, uma mulher como essa não tem preço.
    Amor sincero?
    Fácil, fácil.
    Fidelidade?
    Acabo de criar o seu exclusivo cartão de milhagem.
    Como é lindo uma mulher pedindo o impossível, o que não está ao alcance, o que não está dentro das nossas posses.
    Podemos não ter adonde cair morto, mas damos um jeito, um truque, 12 vezes sem juros, no pré-datado, no cheque sem fundos.
    Até aqueles pedidos silenciosos, quando amarra a fitinha do Senhor do Bonfim no braço…, são lindamente barulhentos.
    Homem que é homem vira o gênio da lâmpada diante de uma mulher que pede o impossível. Ah, quero o batom vermelho dos teus pedidos mais obscenos.
    Quero o gloss renovado de todas as vezes que me pede para fazer um pedido, assim, quase sussurrando no ouvido: “Amor, posso te pedir uma coisa? Posso mesmo?”
    Um jantar no D.O.M. ou no Fasano?
    É pouco para o meu bico.
    Flores de helicóptero?
    Como na filosofia do pára-choque, o que você pede chorando que não faço sorrindo?!
    Que eu faça o trânsito de São Paulo andar mesmo no dia da visita do Bush? A sua rua, só a sua, está livre, com pedrinhas de brilhantes para o meu amor pisar.
    Pede, benzinho, pede tudo.
    Que eu largue a boemia, pare de beber e me regenere???
    Pede, minha nega, que o amor tudo pode.
    Mesmo as que têm mais poder de posse que todos nós não escapa de um belo pedido.
    Com estas, as mais poderosas, tem ainda mais graça. Elas pedem só por esporte ou fetiche, o que não lhes comprometem a pose e muito menos a independência.
    Não é questão de poder ou dinheiro.
    O que importa é o pedido em si, o romantismo que há guardado no ato.
    Os melhores cremes da Lancôme? Vamos a Paris comprar juntos.
    Eu lhe peço: me pede.
    Não pede mimos baratos, pede atenção, por exemplo, essa mercadoria tão cara ao mundo das moças. Pede que corrija os erros do meu português ruim, que eu deixe de alternar a segunda e terceira pessoa, que falta de classe, na boa, pede, nem que eu chame o Pasquale para ficar de “vela” corretiva entre eu e você, digo, entre tu e eu, melhor, entre nós dois…
    Pede, amorzinho, pede gostoso, hoje sou o senhor de todas as tuas demandas, aproveita a febre, a efeméride, de diamante para baixo o céu é o limite.
    Xico Sá

    posted by Dedê Ranieri @ 1:50 PM |


    quarta-feira, março 07, 2007

    i can touch the heaven
    i can touch
    i can fly
    like/with butterflies
    i can touch your mind
    i can touch myself
    i can fly
    i can fly

    but now
    i just wanna go sleep

    we don't see
    anybody else
    anybody else

    but you touch my hand
    you and me
    anybody else
    you ask
    if everything is fine
    you take my hand
    and put me in the car
    you promise to come back
    and ask
    if everything is fine

    i just wanna go sleep
    i tell you
    go, it's ok
    go
    and touch the heaven
    and fly with the butterflies
    and bring me a star

    ...

    you'll be
    always on my mind
    anybody else
    anybody else
    bring me a star

    posted by Dedê Ranieri @ 1:32 AM |