Nome: Dedê Ranieri
Lugar: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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  • terça-feira, novembro 18, 2008

    Oficina Manuel Filho
    A verdadeira versão dos 3 porquinhos, sem cortes (apenas queimaduras)

    Em toda minha experiência de vida, tenho como poucas as verdades verdadeiramente definitivas e absolutas. Uma delas é a estatística do SEBRAE. Ela assegura que 50% dos pequenos e médios novos empreendimentos não completam dois anos de vida, fecham as portas antes. Não é pra menos! Veja você a minha situação. Mal abri meu novo negócio, cheio de pompa e circunstância, com coquetel de inauguração e tudo, chegaram os primeiros clientes. Fiquei numa euforia só, faria minha primeira venda, a primeira nota fiscal emitida pela Lobão, Tudo Para Sua Construção!. Enchi um caminhão e lá fui fazer a entrega: palha, madeira, tijolo, 73 pregos e muita transpiração. De tão eufórico que estava, esqueci de um detalhe que não pode nunca ser esquecido por um comerciante bom: consultar o SPC e o SERASA. Mas eu nem cadastrado na Associação Comercial era, quis fazer dinheiro logo e no fim fiquei na mão. Os três porcos que compraram na Lobão não tinham a menor condição (financeira). Deram cheques pré-datados que bateram e voltaram, sem fundos, o que chamam por aí de cheque avião, voador, sei lá. Só sei que quando, furioso, fui tomar satisfação, os três, que por sinal eram irmãos, me armaram uma arapuca tal que acabei dentro de um caldeirão. E o que é pior, fervendo! Não bastasse os calhordas me deixarem nessa condição, todo queimado e devendo horrores do empréstimo pro BNDES, não pago INSS, e ainda tenho que aguentar certos boatos que circulam por aí, de que eu é que sou o MAU da história.

    posted by Dedê Ranieri @ 4:15 PM |





    Fase infanto-juvenil.
    Acabou-se o que era doce.
    A oficina de contos infanto-juvenis conduzida pelo escritor são-bernardense Manuel Filho, nos últimos três meses, foi tão deliciosa que terminou com gostinho de quero mais. Nem sei o que vou fazer na próxima quarta-feira à noite. Acho que vou me vestir de preto e guardar luto. Ou não. De preto eu ia sempre e me divertia horrores, definitivamente não simbolizaria nem tristeza, nem saudade. Acho que vou mesmo é ficar curtindo a lembrança das intrépidas figuras que conheci por lá. Grupo mais heterogêneo impossível, numa sintonia total. Alguns deles, tenho quase certeza, foram contratados para animar os encontros, só pode! Veja o caso da irmã Dulce: uma freira de vinte e poucos anos, que estava mais para noviça rebelde que arrepiava nos comentários críticos dos textos da moçada, do que para o estereótipo da doce irmã Dulce da Bahia. E aquele outro que na primeira aula, no momento das tradicionais apresentações, bradou com um puxado sotaque nordestino: "Meu nome é fulano e sou marxista!". Tive vontade de seguir a linha de apresentação dele: "Meu nome é Denise e detesto cheiro de pinho-sol!" mas já tinha passado a minha vez. Ele nunca mais apareceu no curso, mas me lembro até hoje, por isso de agora em diante, quando eu quiser ter uma presença, digamos assim, mais marcante, vou me apresentar como Denise-Marxista, ou De-Extrema-Direita, ou Devoradora-de-Quiches-de-Alho-Poró, sei lá!
    Só sei que no meio do curso entrou gente,
    saiu gente,
    gente achou que não sabia escrever,
    gente descobriu que sabia escrever,
    gente quase chorou,
    gente gargalhou muito,
    gente teve vontade de bater palmas,
    gente sofreu para tirar umas (boas) idéias do sótão,
    gente teve que ir embora mais cedo,
    gente encontrou livro que marcou a infância nas prateleiras,
    gente descobriu que não precisava ser assim tão exigente,
    gente lembrou que a série vagalume marcou a vida de muita gente,
    gente descobriu que tinha mais gente compartilhando o amor pela leitura,
    e que gente assim, invariavelmente, é boa gente,
    gente que ganhou o prêmio Jabuti
    (opa, esse foi pra diretoria, e toda gente vibrou!),
    gente que não conseguiu chegar em dia de chuva,
    gente com tatuagem no corpo e umas idéias bem legais tatuadas na cabeça,
    gente que era mãe e filho mas guardava segredo,
    gente que era mãe e filha e contou desde o começo
    (só não contou que a mãe era fada e conversava com insetos e plantas, isso a gente descobriu depois),
    gente que era engenheiro e foi lá para não perder as idéias abstratas no fundo da gaveta,
    gente que foi professora,
    gente que ainda é,
    gente que escreve e esconde os escritos e só confessa no final porque tem gente que pergunta
    (gente indiscreta)...
    toda essa gente eu espero logo encontrar por aí!

    posted by Dedê Ranieri @ 2:46 AM |