Nome: Dedê Ranieri
Lugar: São Bernardo, São Paulo, Brazil

View my complete profile


  • No comments. É isso que dá ter amizade com gente d...
  • Texto produzido no módulo infanto-juvenil da pós-g...
  • YellowMeu primeiro encontro com Maurice aconteceu ...
  • My Baby Just Cares For MeLiz Taylor is not his sty...
  • UMA VEZ DO LADO DE DENTRO DO CÉREBRO, DUVIDE DAS I...
  • Gente (será que ainda tem gente que entra aqui?),e...
  • Ontem foi a divulgação da oficina literária Escrev...
  • Livraria Nobel de São Caetano reúne escritoresO Nú...
  • "À meia-noite já voavam alto por uma praia de pedr...
  • Antes eu tentava explicar, mas não conseguia. Entã...



  • novembro 2005
  • dezembro 2005
  • janeiro 2006
  • fevereiro 2006
  • março 2006
  • abril 2006
  • maio 2006
  • junho 2006
  • julho 2006
  • agosto 2006
  • setembro 2006
  • outubro 2006
  • novembro 2006
  • dezembro 2006
  • janeiro 2007
  • fevereiro 2007
  • março 2007
  • abril 2007
  • maio 2007
  • junho 2007
  • julho 2007
  • agosto 2007
  • setembro 2007
  • outubro 2007
  • novembro 2007
  • dezembro 2007
  • janeiro 2008
  • fevereiro 2008
  • abril 2008
  • julho 2008
  • agosto 2008
  • setembro 2008
  • outubro 2008
  • novembro 2008
  • maio 2009
  • setembro 2009
  • outubro 2009
  • novembro 2009
  • fevereiro 2010
  • março 2010
  • abril 2010
  • maio 2010
  • junho 2010
  • outubro 2010
  • Current Posts



  • Liubliu
  • Gravataí Merengue
  • Cartas de Maracangalha
  • Brenda Walsh
  • Menina com uma Flor
  • Será que funciona?
  • Um blog como outro qualquer
    mais diferente





  • terça-feira, novembro 29, 2005


    Diários de Frida Kahlo
    "9 de novembro de 1951

    Menino-amor. Ciência exata.
    vontade de resistir vivendo
    alegria saudável. gratidão infinita
    Olhos nas mãos e
    tato no olhar. Limpeza
    e maciez de fruta. Enorme
    coluna vertebral que é
    base para toda a estrutura
    humana. Um dia veremos, um dia
    aprenderemos. Há sempre coisas
    novas. Sempre ligadas à
    antiga existência.
    Alado - Meu Diego meu
    amor de milhares de anos.
    Sadga. Yrenáica
    Frida.
    DIEGO"


    Frida Kahlo nasceu em 1907 no México, mas gostava de declarar-se filha da revolução ao dizer que havia nascido em 1910. Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos seis anos contraiu poliomelite, o que a deixou coxa. Já havia superado essa deficiência quando o ônibus em que passeava chocou-se contra um bonde. Ela sofreu multiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa deste último fez várias cirurgiase ficou muito tempo presa em uma cama.

    Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima de suacama. Frida sempre pintou a si mesma: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor". Suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente seu amor pelo marido Diego Rivera.

    A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, asseqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final), o que ficou claro em muitos dos seus quadros.

    Os seus quadros refletiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante "fortes", não eram surrealistas: "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade". Frida contraiu uma pneumonia e morreu em 1954 de emboliapulmonar, mas no seu diário a última frase causa dúvidas: "Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar - Frida". Talvez Frida não suportasse mais.

    posted by Dedê Ranieri @ 10:12 PM |


    domingo, novembro 13, 2005


    Porta-Retrato
    ""Na minha cabeceira tem aquela foto preferida com toda minha família num lindo jardim, e uma moça que até hoje não decifrei quem é. Pensei ser minha babá, mas minha mãe disse que eu não tinha uma babá. Apesar de estar todo mundo com aquela cara assim, meio estática - modéstia à parte, eu era a mais natural, uma top aos quatro meses de idade - aquela é minha favorita. Do outro lado da cama, Hilda Hilst se contrapõe a essa harmonia, e fala de solidão (em júbilo, memória, noviciado da paixão). Rubem Fonseca conta contos em Lúcia McCartney. Mais uma vez contraponto, sexo e trapaças. E a família no outro criado mudo, congelada no tempo, cheia de dignidade num jardim muito verde, e suponho florido. Eu durmo tranqüila. Entre extremos me sinto o ponto de equilíbrio.""

    posted by Dedê Ranieri @ 10:57 PM |


    quinta-feira, novembro 03, 2005


    Jornal da Globo
    Não adianta querer ser o Delfim Netto e eu não sou o Delfim e ponto. Não adianta querer escrever sobre aquilo que eu não sei, não me aprofundei, não vivi. Então não vou escrever sobre o “déficit nominal zero” e ponto. Nem uma crítica superficial ou mais profunda sobre a mega crise política que assola o país, porque em todos os sites, jornais escritos, televisivos, e afins, tem um pseudo-cientista político para discorrer sobre os diversos aspectos da trapalhada petista, valérios, dirceus e tais. Eu também não sou uma cientista política, nem pseudo nem efetiva, mas ando a procura da idéia original para escrever um simples artigo sobre jovens e a crise política, não necessariamente nessa ordem. Mas minha veia escritora sofreu uma forte crise de identidade. Como discorrer com propriedade sobre o tema do momento – seja lá qual for a minha opinião -, sem repetir um texto que já foi escrito, sei lá, num jornal regional do interior do Maranhão? Tudo bem que talvez eu nunca soubesse do pseudo-plágio, mas e se o meu insight fosse a exata transcrição do que o Jabor escreveu ontem, e recitou no Jornal da Globo, ou enquanto eu dirijo pro trabalho ouvindo a CBN? Um horror! Minha curta carreira de (pseudo) escritora terminaria por aí, com um saldo cem por cento negativo, e a pecha de plagiadora nacional de herança para minhas próximas quatro gerações. Daí foi que decidi, diante desse absoluto excesso de informação, suspender o tal artigo sobre jovens. Fica a sugestão para um articulista mais corajoso que queira se aventurar no tema - ou que pelo menos tenha um bom advogado especializado em direitos autorais. Particularmente, sigo trabalhando num outro artigo de assunto variado: “A influência do movimento simbolista no art nouveau”*. Talvez o tema seja de pouco interesse no atual contexto político-econômico brasileiro, talvez nenhum. Mas é maior a garantia de que a minha idéia original não é plágio do inconsciente coletivo dos formadores de opinião do momento. Questão de sobrevivência!


    *Art nouveau, (do francês arte nova) foi um estilo estético, artístico e arquitetônico relacionado com o movimento arts & crafts e que teve grande destaque durante a Belle époque, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Relaciona-se especialmente com a 2ª Revolução Industrial em curso na Europa devido à necessidade de explorar os novos materiais (como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética). Devido à forte presença do estilo naquele período, este também recebeu o apelido de modern style (do inglês, estilo moderno).

    posted by Dedê Ranieri @ 9:50 PM |


    terça-feira, novembro 01, 2005



    "... e quando ele disse odiar Amélie Poulain e seus amigos, ela passou a amá-lo ainda mais. No fundo sabia que jamais poderia respeitar um homem que citasse Amélie na sua Top 5 de Cinema.
    (...)
    Na verdade o thriller francês não trazia boas lembranças. Ao menos para ele que ficou uma sessão inteira esperando por ela, num final de tarde de 2002. A proposta para o cinema foi por email, sem identificação, mas ele já sabia que idéias do gênero só poderiam sair da mente caprichosa Dela, e que ao final de qualquer encontro (ou durante) ela poderia surpreendê-lo. Mas o expediente atrasou, manifesto de professores na Paulista, e ela chegou no Belas Artes na última cena, a tempo de acostumar os olhos na escuridão da sala e encontrá-lo isolado na primeira fila. Naquele dia ele não pareceu tão feliz em revê-la. Desceram a pé até a Augusta para um café, e ele meio contrariado nem quis saber se tinha mais alguma surpresa para encerrar o encontro, e passou a odiar a francesinha por tudo que não deu certo."


    posted by Dedê Ranieri @ 5:35 PM |