quinta-feira, julho 06, 2006
Crash of '29 Dentre as coisas que mais me fizeram sentir dobrando-o-cabo-da-boa-esperança nos últimos dias, eu poderia citar a minha presença no Jockey Club de São Paulo, no fatídico Brasil versus França. Confesso que nem sofri tanto pela derrota, já que o médium e pai-de-santo Robério de Ogun já tinha previsto que a Seleção Canarinho não passaria das quartas-de-final (e eu acredito nele!), mas sim porque logo depois da nossa choradeira digna dos perdedores, teve início uma mega-badalada-balada, e eis que no momento em que surge uma banda no palco, as 15.940.954 pessoas presentes cantaram numa só voz "Bate na palma faz um muleque feliz...". Naquele momento, eu e meus cabelos brancos fomos apresentados ao Jeito Moleque, a banda que todo mundo cantava que nem se canta "atirei o pau no gato-to...". E eu me perguntei, aliás, perguntei para Heloísa, se por acaso eu tinha sido adbuzida nos últimos três anos, e Heloísa, que é uma flor-de-meiguice-e-tal, não sei se por solidariedade ou não, disse que estava tudo bem comigo, e também demonstrou certo desconhecimento da trilha sonora (para minha parcial alegria). Não que o repertório vá fazer muita falta na minha vida, eu que nem sou muito fã de pagode, mas, confesso que quando estou num lugar com 15.940.954 pessoas cantando a mesma música, eu quero cantar junto, numa só voz "Bate na palma faz um muleque feliz...". E aposto que a Heloísa também.
((Também me sinto dobrando-o-cabo-da-boa-esperança ao usar expressões do tipo fatídico, eis que, dobrando-o-cabo-da-boa-esperança. Também me sinto .... ouvindo, nostálgica dos meus Anos Rebeldes, Gal Costa cantando "Você precisa saber da piscina/Da Margarina/da Carolina/da Gasolina/Você, precisa saber de mim/Baby, baby......". Também ... com a chegada dos trinta nos próximos seis meses (anotem, pois só falo de novo quando completar 72, que nem a Danuza Leão!).))
posted by Dedê Ranieri @ 2:15 AM
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