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terça-feira, outubro 28, 2008
Eu gosto assim, que graça tem aquelas magrelas? - ele disse, maliciosamente, no meio de um amasso no sofá. Um soco no olho seria pouco, pensou ela, enquanto tentava elaborar a colocação, ofendida. Uma joelhada lá. Não!, nada anularia o efeito daquela frase. Ele jurava que era elogio, paixão pura. Ela tinha certeza de que era uma gracinha para desestabilizar, devia ser um toque para manerar no queijo e vinho, afinal, que mulher aceitaria como elogio ser chamada de gordinha? Ele só conseguiu se explicar graças ao argumento de um outro da mesma espécie: Acha que eu estou mentindo? Clica no link do cara!... Bom, ela clicou no link do cara, e ele falava tudo o que ela queria ouvir. Inclusive mandou dizer: Tks, cara! Que graça tem mesmo aquelas magrelas?
posted by Dedê Ranieri @ 6:22 PM
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quinta-feira, outubro 16, 2008
Em tudo a outra copiava.
Num dia era o corte de cabelo que pedia igual. No outro a roupa, os sapatos. Até lentes de contato com cor juntou dinheiro para comprar, queria mesmo era ficar a cara da outra, e isso incluía os olhos. Sonhava com o dia em que alguém comentaria: são irmãs? siamesas?univitelinas decerto! A outra fingia não perceber, para não constranger aquela que queria ser a outra. No começo achou até graça. Uma fã. Era isso. Tinha uma fã. E quanto mais copiada, mais vaidosa ficava. Um dia as duas estavam na lanchonete quando a outra pediu um suco, que veio com um mosquitinho boiando. Diante do comentário "tem um mosquito boiando no meu suco", a que queria ser a outra espichou a cabeça e o dedo para o garçom, e com naturalidade registrou seu pedido: "pra mim igual, e não esqueça da mosquinha ...". A outra saiu de fininho e nunca mais atendeu telefonema, email, postal, pombo-correio. Quer dizer, das poucas tentativas que a que pensava ser a outra fez. Afinal, dizem por aí à boca pequena, que a que pensava ser a outra, agora tem certeza de que é, por isso não sentiu falta nenhuma. Da outra.
posted by Dedê Ranieri @ 12:08 AM
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terça-feira, outubro 07, 2008
Diálogo Macabéico - Delícia de parmesão. Essas lasquinhas... - Meu tio Woerte prefere em cubinhos.
posted by Dedê Ranieri @ 2:45 AM
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quinta-feira, outubro 02, 2008
A nostálgica Sou uma verdadeira afronta à arte milenar do feng-shui. Adoro guardar um bagulhinho. Mesmo sabendo que nunca vou usá-lo, ou no caso de precisar, que não vou encontrá-lo. Mas a questão é o apego. Ele até me presenteou com um livro do movimento Hare Krishna, para ver se me livra desse mal. Até agora o máximo que consegui, em termos de resultado, foi me desfazer, digamos, de dois ou três encartes de jornal que deram no semáforo. Ce la vie.
posted by Dedê Ranieri @ 1:02 AM
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