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quarta-feira, novembro 15, 2006
Coordenação Motora Precária, ou Relatos de Academia
Foi um grande choque para os meus amigos quando anunciei, há exatamente um mês, que tinha me matriculado na academia. Um choque que em seguida provocou risos em alguns, indiferença em outros. Os mais céticos (leia-se, os que me conhecem mesmo) disseram que matrícula não significava nada, que como das outras vezes eu faltaria até no exame médico. Mas a questão é que me deu um coiso, e para surpresa geral resolvi treinar de verdade. Eu, o mais preguiçoso dos seres, que pega o carro até para ir à padoca no mesmo quarteirão de casa, que suborna a pequena Bibi em troca de um copo d'água, dentre outras que não vou contar porque tenho vergonha... Acontece que de uma hora para outra virei degustadora de academia, cada dia pratico uma modalidade. Bike, aeróbica, body combat, pump, balance, yoga, pilates, musculação, GAP, o que vier pela frente. Os professores perguntam o que eu quero, e a única resposta que tenho em mente é Ficar gostosa, just! Mais? Eles questionam, surpresos (ok, eles nunca questionaram isso, mas deixa eu ser feliz!). Claro que na hora eu repito aquela balela toda de que, enfim, compreendi o quanto um esporte faz bem para a saúde física, mental, etc. Mas pelo meu empenho, eles já devem desconfiar que tenho outras pretensões menos saudáveis, como ser a nova loira do Tchan, por exemplo. Até aqui tudo lindo, sou uma representante legítima de dedicação e obstinação, certo? Errado. Uma pessoa dedicada e obstinada se concentra nos seus objetivos, e eu sou muito distraída. Nunca me concentro nos exercícios que estou fazendo, por mais simples que sejam. Ontem por exemplo, numa aula básica de pilates, eu me distraí tanto que até caí da bola. Foi um estrondo tão grande, que todo mundo pulou das bolas para ver o que tinha acontecido. Ainda bem que a aula era no escuro, e quando todos se viraram para ver a vítima do acidente, eu já estava de novo montada na minha bola, com cara de quem procurava o pato que caiu. Sobre as minhas tentativas de acompanhar o body combat nem vou comentar, porque ainda não superei esse trauma. Talvez um dia eu ainda escreva sobre isso.
posted by Dedê Ranieri @ 11:17 AM
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