Nome: Dedê Ranieri
Lugar: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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  • domingo, junho 04, 2006



    O bigode que Arlete vê

    Sabe aquelas pessoas com um talento especial para te convencer a fazer algo que você nem estava pensando? E o que é pior, algo que você terá que pagar? Pior ainda, algo que você poderá se arrepender depois, mas será irreversível? Pois bem, assim é Arlete.
    Arlete é uma esteticista muito querida e conceituada na região de (...), e por conseqüência muito bem frequentada, inclusive por toda ala feminina da família Dantas. Sim, porque só quem conhece a família Dantas (1 santo homem versus 6 vaidosíssimas deusas) pode supor a alegria de Arlete ao ver o séquito de mulheres entrando, dia após dia, em seu estabelecimento comercial. Diante desse verdadeiro exército, não poderia ser diferente o tratamento dispensado pela renomada profissional, que a cada mínima alteração de pele de suas clientes, tem na ponta da língua uma verdadeira combinação alquímica de elementos para a cura de todos os males (também conhecida como O Elixir de Arlete). Mas como toda busca pela perfeição tem um preço, pode-se dizer que Arlete anda crítica demais e exorbitando de suas funções. Tanto que da fixação pela pele Arlete passou para o pêlo. Sim, Arlete anda enxergando pêlos por onde passa, e não poupou, sequer, os delicados buços de suas clientes preferenciais. Tanto que dia desses, a Senhora Dantas chegou em casa com um tom levemente azulado na parte superior dos lábios, o que chamou a atenção de sua filha número Um (ou número Três, na Ordem Geral dos Dantas). A mãe explicou que graças aos "olhos de lince" de Arlete, descobriu que a leve penugem do buço se transformara num insensível e horrendo bigode, e a depilação se fazia necessária. A filha tentou argumentar que nunca vira o tal bigode, mas a Senhora Dantas já não ouvia, distraída em frente ao espelho da sala entre suspiros aliviados, com a certeza de que jamais correria o risco de ser confundida com uma autêntica matrona portuguesa. Qual não foi a surpresa da filha número Um (...) quando, dois dias depois, surge sua irmã número Três (ou número Cinco, na Ordem Geral dos Dantas), ostentando o mesmo tom azulado entre o nariz e os lábios. Observadora a irmã indagou, recebendo a resposta prevista da número Três "Tata, você acredita que eu posso estar com problemas hormonais? Está até nascendo bigode e ....". Inconformada, a número Um disparou "E aposto que quem te disse isso foi a Arlete!". A outra nem ouvia, e enquanto procurava na agenda o telefone do ginecologista, deslizava o dedo indicador na região depilada, imaginando que se livrara de apelidos infames à la Duda ou Frida Kahlo. Uma semana depois, vendo que o tom azulado no buço de sua mãe e irmã aumentava, a número Um preferiu não comentar. Até mesmo porque, podia "ouvir" as vítimas sofrendo em silêncio pelo que se tornara um vistoso e ostensivo bigode. Digno de Arlete.

    posted by Dedê Ranieri @ 2:02 PM |


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